Conselho Fiscal “apagando incêndios” na gestão? Sinal de alerta!

É comum encontrar no Terceiro Setor uma linha tênue e até uma certa confusão, entre o que é gestão e o que é governança. E quando não existe essa fronteira, quem sofre é o direcionamento estratégico da organização. Principalmente quando o Conselho Fiscal, peça-chave da governança, se vê envolvido em questões operacionais do dia a dia ou mesmo, fica sem acesso a uma série de informações que deveria ser disponibilizada pelas lideranças ou gerentes da área financeira.

Essa falta de clareza de papéis não só sobrecarrega os conselheiros, como também os distancia de sua função primordial: garantir a saúde financeira e a conformidade da ONG, além de contribuir com uma visão estratégica de longo prazo.

Para destravar o potencial estratégico do seu Conselho Fiscal, o primeiro passo é definir claramente as responsabilidades de cada instância. A gestão executa, o Conselho fiscaliza e orienta estrategicamente.

Em seguida, estabeleça canais de comunicação eficientes e focados no estratégico. As informações que chegam ao Conselho devem ser relevantes para a tomada de decisões de governança, como análise de riscos, tendências financeiras e o cumprimento do plano estratégico. Implementar um regimento interno sobre as responsabilidades e expectativas sobre o Conselho Fiscal se torna fortemente recomendável

Por fim, empodere o Conselho Fiscal com dados e informações de qualidade, permitindo que eles analisem o cenário de forma crítica e ofereçam insights valiosos para a sustentabilidade da organização. Um Conselho que atua com clareza de seu papel e acesso a informações estratégicas se torna um parceiro poderoso da gestão, e não apenas um fiscalizador, que emite um parecer anual sobre a auditoria.

Na sua experiência como gestor, qual o maior desafio para manter a clareza dos papéis entre gestão e governança na sua organização? Compartilhe nos comentários!

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